E ela, que estava no cantinho da janela, sorriu-lhe tão docemente
Que o dia parece que iluminou-se ainda mais
Diante da doçura daquele sorriso
Ele ficou ali
Inebriado, tonto, mole
Deixando-se aquecer por aquele sorriso solar
Os olhos dela traziam felicidade em poder vê-lo
As mãos pareciam tão inquietas
E transmitiam uma alegria quase palpável
E quando ela falou-lhe tão de perto, tão macio
Trazia na voz uma paz quase audível
E quase com som de acalanto
Ela fez o pedido— Dá-me asas... quero voar
E ele deu-lhe, por fim, as asas que faltavam a ela
No beijo
Em nuvens
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