Desceu a noite fria, envolvendo de sombras a terra gelada.
Vêm o silêncio e a escuridão, libertando-me do torpor que as horas do dia me condenam.
E com expectativa mal contida, aguardo as tuas palavras e elas chegam, em sussurros serenos, carregando-me, deixando-me prostrada à beira da vertigem, derreada no clamor do teu chamamento.
Que poder é este que me estilhaça?
Estremeço ao sentir-te dançando em volta de mim.
Pára e sossega-me!
Não há noite que não estejas presente quando faço por adormecer, e mais uma vez...
Eis-me aqui, trespassada pela tua memória.
Sem comentários:
Enviar um comentário